24 de mar. de 2011

RECEBI ESTE DEPOIMENTO - MAIS UMA VENCEDORA!

Chega de apatia e de esperar. A hora é ESTA!
Não se sujeitem mais, não aceitem mais, não se calem novamente!
As Amélias devem morrer e que restem apenas as Marias da Penha!
Se Ercília conseguiu, ultrapassando preconceitos, limitações, medo, represálias, descasos, o que torna qualquer uma de vocês detentora do direito de DESISTIR???
NUNCA! 
DENUNCIEM!  
LUTEM!
PODEMOS MAIS QUANDO NOSSO GRITO FOR CONCOMITANTE!

À você, Ercília, todo meu amor que lhe foi negado até aqui, mas que sei que conquistará daqui por diante, além de minha admiração e meu respeito!!!


Olá sou ERCÍLIA trabalho com uma associação de mulheres indígenas também sou indígena,casei aos 19 anos, no começo tudo foi maravilhas, depois foi começando as pequenas brigas causadas pelo ciúme dele.
até ai achei que fosse normal mais com o passar dos anos só foi complicando mais minha vida,principalmente quando já tinha dois filhos,comecei a sofrer violência dentro de casa, o pior, na frente dos meus filhos,um certo dia quando ele me bateu fui na delegacia de mulheres e denunciei para policia, tivemos uma audiência, e depois de um dia voltou fazer a mesma coisa com mais freqüência, Não tinha liberdade nem de ir mais na casa dos meus pais, muito menos podia receber alguém da minha familia ou algum amigo em casa,sempre que eu persistia e contradizia sua vontade era humilhada na frente das pessoas Morria de medo de tomar um novo rumo,e sofrer com meus filhos longe do papai até porque dependia somente dele mesmo porque eu não trabalhava.Daí um certo dia triste e cansada de sofrer me interessei pelos produtos da avon e comecei a pensar que se fosse uma revendedora conseguiria a refazer minha vida e dos meus filho longe do homem que me maltratava, então comecei a vender os produtos,e tomei gosto por isso porque comecei a ganhar meu dinheiro e comprar o que tinha vontade e necessidade para mim e para meus filho.
A partir desse momento criei coragem de sair de casa,e refazer minha vida longe dele e vi o quanto perdi em esperar que ele mudasse como sempre me prometia quando brigávamos sem falar que sofria também o preconceito por parte de sua familia por eu ser indígena,mais nada me desanimava de estudar,e pagava caro por isso,levava meus filho para sala de aula comigo,e consegui terminar o ensino médio, o que ele não queria que acontecesse.hoje sou muito feliz,consegui um emprego e continuo vendendo avon,tenho 26 anos sou atualmente coordenadora de uma associação de mulheres indígenas do médio solimões e afluentes-AMIMSA que é uma organização sem fins lucrativo e luto pelos direito das mulheres indígenas dessa região.

Um comentário:

  1. PARABÉNS!!! Ercília por ter tido coragem de soltar a corda. Sei que não é fácil, oh! Deus! Como sei...
    Espero que assim como você, muitas outras tomem a atitude que liberta.
    A você todo meu carinho e admiração, um forte abraço.

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