14 de set. de 2011

DEBATE - O ABORTO - ONG Católicas pelo Direito de Decidir

Sempre reiterando que a Comunidade CANTO CIGANO não existe para tomar partido de opiniões, sejam elas de qualquer cunho, mas que existe sim para promover o debate de temas que são de interesse e domínio público, fundamentais para um Estado democrático e eficaz.

Somente Organizações comprovadamente sérias ocupam nosso espaço, por isso, reservo o direito à ONG Católicas pelo Direito de Decidir de postar aqui, por conhecer o trabalho desenvolvido e sua contribuição na nossa eterna luta pelos Direitos das Mulheres, juntamente com Organizações de mesma envergadura e consciência, assim como Agência Patrícia Galvão, Fundo Social Elas, Projeto Maria da Penha (AME), dentre outras.

Minha opinião pessoal, como sempre não importa, pelos motivos supramencionados e acatarei a todos os comentários que sejam feitos, desde que de forma respeitosa e inteligíveis.

Defenda sua opinião com argumentos lógicos, científicos ou formulados pela sua intuição, mas que sejam compreensíveis a todos e aceitáveis no âmbito prático!
Cigano Luz




Com o objetivo de incentivar o debate público sobre o aborto no Brasil, a ONG feminista Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) tem realizado, ao longo de 2011, várias intervenções artísticas nas ruas da cidade de São Paulo.
Na próxima quarta-feira, dia 14 de setembro de 2011, com o apoio do Fundo Social Elas, ao longo de todo o dia e em vários pontos da cidade, CDD realizará nova rodada de apresentações de teatro de rua, em parceria com o grupo teatral Impávida Troupe e com os grupos feministas universitários Coletiva Fuxicaria Feminista e o Dandara Coletivo Feminista. Desta vez o foco é sensibilizar a população sobre o problema da criminalização de mulheres que precisam praticar aborto. A ilegalidade do aborto leva à esterilidade, à humilhação e à morte de mulheres, geralmente, pobres e negras, pois são essas que não tem condições de recorrer às clínicas clandestinas caras.
Numa das apresentações anteriores (cujo resultado é o vídeo “Homem Grávido?”), feitas neste ano em São Paulo, ao fazer essa pergunta à população nas ruas, CDD abordou a questão da autonomia do corpo, ao inverter os papéis e colocar o homem numa situação clara de gravidez acidental e indesejada.
Em outra situação, a ONG levantou a questão de uma gravidez de feto com anencefalia. “Não a obrigue a sofrer” é um vídeo que resultou de uma apresentação teatral que teve como foco a sensibilização das pessoas sobre a tortura que é obrigar uma mulher a levar adiante uma gravidez de um feto que tem 100% de chance de morrer ao nascer. O julgamento do Aborto por Anencefalia está para acontecer no STF e é muito importante esclarecer para a população o que está em jogo: os direitos das mulheres de não serem obrigadas a levar adiante uma gravidez tão arriscada e torturante.

Por que falar sobre o aborto?
Nas últimas duas décadas, foram realizados muitos estudos e pesquisas sobre o aborto no Brasil. A mais recente delas é a Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), realizada em 2010, com mulheres entre 18 e 39 anos em áreas urbanas de todo o país. A pesquisa revela que mais de uma em cada cinco mulheres brasileiras já fez aborto, sejam elas católicas, protestantes, evangélicas ou de outras religiões. O estudo foi realizado pela Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero) e pela UnB (Universidade de Brasília) e financiado pelo Fundo Nacional de Saúde. Tal estimativa pode ser ainda maior se considerarmos que a pesquisa coletou dados somente no espaço urbano.
Vale lembrar que, de acordo com o Ministério da Saúde, uma mulher morre a cada dois dias em decorrência do aborto inseguro, que é a terceira causa de mortalidade de mulheres no Brasil, afetando principalmente as que são pobres, negras e jovens. Em algumas cidades como Salvador, o aborto inseguro é a primeira causa de mortalidade materna.
Embora os números sejam alarmantes, a população ainda é pouco informada sobre o tema e o debate é marcado por idéias e argumentos morais e religiosos que não contribuem para a garantia dos direitos das mulheres e a melhoria das políticas de saúde sexual e reprodutiva. Não à toa, tramitam no Congresso dois projetos de lei que, se aprovados, influirão negativamente na vida das brasileiras. Um deles é o Estatuto do Nascituro que impedirá a realização de abortos até em casos de estupro, oferecendo pensão alimentícia à criança; e outro é o projeto que defende a obrigatoriedade do cadastramento de gestante no diagnóstico da gravidez, obrigando-a a ter sua vida reprodutiva vigiada.
Serviço:

Dia da semana e data: quarta-feira, dia 14 de setembro de 2011
Onde: em vários pontos da cidade de São Paulo, durante o dia inteiro.
Links de referência
Blog Sede de Quê: http://sededeque.com.br/
Patrocínio de Fundo Elas: http://www.fundosocialelas.org/
Pesquisa Nacional de Aborto: http://www.scielo.br/pdf/csc/v15s1/002.pdf
20 anos de pesquisa sobre aborto no Brasil: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/livreto.pdf
Redes Sociais:
http://twitter.com/sededq 

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