27 de jan. de 2012

Ética em tempo de mudança - Renato Janine Ribeiro

Populista para alguns, demagogo para outros...

Este é Renato Janine Ribeiro!


Em minha opinião, o melhor e o que melhor encarna o papel de "Filósofo" na contemporaneidade.

A visão clara e objetiva dos fatos e a explanação de forma veemente, polidamente corrosiva e de fácil acesso transformaram este homem em um dos mais controversos e respeitados articulistas da atualidade.

Seus trabalhos - sempre permeado por um novo olhar sobre o velho - trazem a desmistificação de alguns preceitos que, por tempos, se fizeram verdades incontestes. Talvez por isso seja alvo de algumas críticas de condoídos invejosos.

Desfrutem enfim, de suas ideias e considerações e espero que apreciem.

Um grande abraço!

Cigano 

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Uma forte característica dos nossos tempos é a mudança. Um indivíduo pode até mais de uma vez mudar de país, mudar de profissão, mudar nos relacionamentos amorosos. Os valores que valiam ontem podem não valer amanhã. No curso de uma vida podemos viver de muitas maneiras diferentes. 

Como fica a ética diante dessa realidade? 
Como definir o certo e o errado onde tudo é instável?

Renato Janine parte do princípio de que a ética não é um conjunto de regras a serem seguidas. A ética nasce do dilema e implica escolhas a cada momento.

Renato Janine Ribeiro: Professor titular de Ética e Filosofia Política na USP, tem se dedicado à análise de temas como o caráter teatral da representação política, a idéia de revolução e a cultura política brasileira. Entre suas obras destaca-se A sociedade contra o social: o alto custo da vida pública no Brasil (Prêmio Jabuti, 2001). O programa Café Filosófico é uma produção da TV Cultura em parceria com a CPFL Energia.



4 comentários:

  1. Olá Cigano,
    Não o conhecia, e muito menos sabia da controvérsia. Obrigada pela oportunidade de conhecê-lo.
    Mas, não gostei da abordagem dele. Me parece mais voltada para a psicanálise ou psicologia.
    Depois de ouvir tudo, ainda prefiro a escola da grande Marilena Chauí como filosofá, apimentada por Pulo Freire.
    Valeu meu querido.
    Um abração.

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    1. Eis o porquê textos ou vídeos como este são fascinantes... Nos dá a oportunidade de expor nossas visões, ideias, opiniões.

      O mais importante aqui é isso, Amiga: Agregar em um mesmo espaço pessoas tão intelectualizadas que sejam capazes de suscitar possibilidades das mais variadas, mesmo que com isso criemos um debate, pois é assim que crescemos.

      Sua ideia casa com a minha... Apesar de ser franco admirador de Janine, algumas dimensões utilizadas por ele realmente partem para o campo da psicologia... Talvez por isso me identifique muitas vezes com suas suposições e conclusões.

      Quanto aos citados, escolheu muito bem; Paulo Freire dispensa apresentações, mas Chauí ainda me causa alguns calafrios com sua visão sobre fisiologismo e afins, pois sempre esbarro em afirmações que não parecem brotar de conclusões lógicas, pois são por demais tendenciosas.

      No mais, que delícia ter sua companhia... Sei que eles estão bem de vida graças a nós, que ainda tentamos traduzir este grande mistério que é o ser humano: Tão próximo; tão distante...

      Adorei tê-la aqui; sou fã de carteirinha... Mesmo você sendo petista, minha Menina!

      Beijos com carinho, Adorada Beth!

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  2. O ser humano tem inúmeras possibilidades em si de chegar exatamente onde deseja chegar, mas para isso precisa ser treinado, reconhecer em si mesmo esta capacidade, é a forma, não há formação cultural ou acadêmica que leve alguém destituído de boa formação pessoal a obter sucesso.

    Não há vida longa por si só que leve a uma vida feliz, há que descobrir em si mesmo o caminho para ela.

    Não há ética capaz de ordenar o bom resultado das ações humanas se não forem reconhecidos os contextos em que estão sendo aplicada e o reconhecimento de que embora variável e evolutiva há um caráter que deve norteá-la em qualquer tempo, grupo ou condição: A promoção do bem estar humano em todos os campos. Os tempos mudam com eles os conceitos éticos,mas as necessidades humanas de promoção e respeito sempre existirão, enquanto houverem homens, este deve ser o norte dos conjuntos éticos, perdeu-se o respeito pelo humano perdeu-se o rumo ético, eu acho, certeza ninguém tem de nada. Embora o Renato Janini quase nos faça ter certezas, nesse ótimo filme, Cigano, vale a pena assisti-lo todo. Tempo ganho.

    Beijos

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    1. Você; profunda e poderosa, como as grandes ondas...

      As perdas que você cita são reais e, para os fatalistas, definitivas.

      O auto-conhecimento sempre requer uma dose de ensimesmamento, mas principalmente, outra dose de abstração, para que possamos nos afastar de pré-conceitos e certezas adquiridas do mundo exterior.

      Infelizmente este "remédio" é raro e caro, pois exige muito e seu efeito é lento. Nem todos conseguem...

      Nos adequarmos ao presente é uma necessidade, mas o que fazer quando esta adequação nos exige esquecer princípios que formam nossa base? Nossos alicerces?

      Difícil uma conclusão... Difícil ser humano.

      Lindo comentário, meu Amor!

      Você, cada dia mais fascinante e completa!

      Beijos em seus olhos de mar!

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