25 de jan. de 2015

ESTRELA DE CINCO PONTAS By Marina da Paz





Grupos se conhecem pelo nome. Irmãos. Eis a família cigana.
Carinho, doçura, rigor. Eternamente, pelos seus, será enamorada.
A menina-cigana Estrela transpôs o finito e o limitado. Triunfou. Se fez jangada...
Lançou o amor, preservou o ambiente e deixou raízes aéreas pela sua estrada.
Raízes alquímicas vertidas das estrelas, da sua verticalidade artística assumida.
Dançarina da alma. Giro e voleio, consistem nessa horizontalidade tecida.
A menina-cigana Estrela transpôs o infinito, ecoou. Se tornou esmeralda em mirada...
Todos floresceram, transpuseram o infinito. E, para além de tudo, sabem ser amor.
O cigano vibrou! A mulher cigana exultou. Brilhou. Coração de Mãe...Se fez alvorada!
Neste bailar diuturno: sorriso, compreensão ou dor. A orientação. A certeza do amor.
Neste bailar noturno: risos, fogueiras e calor. A observação. A certeza do amor.
Dai. Fui adornada com ouro. Estrela de cinco pontas cravada em meu coração.
Valor para um Clã Liberto. Posse e domínio de meus sentidos, em una união.
Presenteio-a  com sal, pão e ouro. Decreto-a da Saúde, e de Madrecita gentil servidora...
Fui seu corcel alado pelas vias do infinito. E animal de carga para o seu treino bendito...
Ativo sua estrela e ela se põe a bailar. Mais linda do que nunca, também está a chilrear.
Põe a mão na minha cabeça e o cântaro aparece. Via Láctea jorra estrelas. Coroa de “Pulsars”.
Em meus ouvidos toca, uma concha estilizada. Brinco de estrace índigo, e os sons do infinito...
Da garganta leva... Os silêncios de meu ser, contemplo a nova era; Linhagem. Nobre geração.
Repousa em meu coração. O gitano de blusa e lenço vermelhos me sorri, flamenco no violão.
Espalha-se de maneira solar. E o cigano de lenço azul marinho mostra-me o céu do anoitecer.
- Você encontrará outros pais que não decretam os seus filhos à Vida. Lembre-os!
Centro umbilical. Outro gitano sussurra... Eles sabem a regra dourada: Só por amor...
Nos quadris, a energia se abre como um lenço vermelho... Sabedoria? Independência!
Joelhos e o impulso...Planando... Sou ave de arribação! Arrevoada cigana, em linda formação.
Pés desenham raízes sobre a Terra. Gaia toma forma, oferece-me... Retorno à constelação.
Jerônimo ao meu lado. Sorri. Cintilam todas estrelas de seu olhar; Agora, não mais em vão...
Bato palmas, danço, canto. Peço licença e celebro: Mãe! Pupilos do Pai? Serão sóis! Cintilo.
Do dia e da noite, retirei centelhas. Sigo. Sou sorriso. Sou brisa que impulsiona. Sou fogueira.
Água límpida. Cães. Cavalos. Alcatéias. Elementos. Cinco Pontas. Início e Fim. Reinício...
Sou todo irmão e lugar. O firmamento, interpretar! Porém o céu... Ah! O céu é o meu olhar...
Vida de vidas inteiras. Não as possuo, apenas contemplo. Vênus...Cigana...Amor das Estrelas!
Optchá!
1 Dai: Mãe em romani de contato (ou Bata)

Marina da Paz


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