22 de fev. de 2011

O MEU AMOR


 
O meu amor não é bonito, nem alto. Tampouco bronzeado ou musculoso. O meu amor não transpira vitalidade nem tem pele viçosa.
Um homem comum, anônimo na multidão, assim é o meu amor. Anda entre estranhos, desapercebido. Nada tem de extraordinário, mas assim é o meu amor.
E é porque, sem me conhecer, me ouviu, sem me ver, me enxergou, sem me tocar, me sentiu e tocou minha alma. Assim é o meu amor.
Cheio de medos, mas corajoso, com dúvidas, mas certo do que quer. Guerreiro forte que tem fragilidade á flor da pele.
Se aborrece e torce a boca, a mesma boca que se derrete em longos e molhados beijos. Boca macia, generosa, gulosa, mas que também sabe gritar e esbravejar... Assim é o meu amor.
Está longe, mas tão perto, á distãncia de um dedo...Inaccessível e todo meu...proibido, mas tão disponível.
O meu amor tem mãos suaves, mas vigorosas pra me abraçar> Um rosto sisudo que se abre num sorriso quando me vê.
O meu amor é assustado, sobressaltado, mas calmo e relaxado quando somos nós. Doce, terno, carinhoso, suave, olhos pingando mel, respiração leve no meu pescoço, como uma borboleta pousada ali.
E sendo comum, sendo anônimo, perdido na multidão, é o meu amor.
Simplesmente porque conseguiu encontrar, dentro de mim, a chave que dá corda na caixa de música que toca pra minha alma dançar! Encontrou sem saber que ela existia.
A chave mágica, mística, melodiosa que anima minha alma e aquece meu coração.
Encontrou apenas sendo quem é e como é – assim é o meu amor...

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