13 de jan. de 2012

AINDA E SEMPRE... by Cleide Canton


AINDA E SEMPRE
Cleide Canton

Expostas as memórias esquecidas
no abrir do livro cinza da saudade,
revelam-se, sem brilho e sem vaidade,
as asas de dourado revestidas.

E batem contra o vento, arremetidas,
tentando, desta vez, com mais vontade
romper, a qualquer custo, a imensa grade
que guarda suas dores mais sentidas.
No azul o tempo diz que tudo vale,
embora o entardecer já não embale
os mesmos desejares rotineiros.
E a lua, bem depressa dita a festa,
na mesma cor dos ecos da seresta
que viu nascerem sonhos passageiros.


http://www.paginapoeticadecleidecanton.com/

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