26 de set. de 2013

O voo mais magnífico que já fez



O sonho escapou entre os dedos das mãos
As estrelas caíram e se perderam no chão
O silencio decretou o fim daquela canção
E a estrada iluminada se fez em escuridão

O pássaro livre ficou preso e perdeu as asas
Quando liberto o mundo todo era a sua casa
Rompeu a ligação que facilitava a travessia
E as lágrimas sequestraram as horas do dia


Os pés confinados não sentem mais o chão
A ventania ingrata arrasou toda a plantação
O riso aparente dizendo que não se importa
Uma ilusão; o coração já não mais suporta!

A ave presa se aborrece com o inesquecível
A vontade carregada de um voo impossível
Reminiscências do universo florido que viu
A nostalgia duma época de brisa primaveril

Os olhos a procura daquele céu de outrora
E lá no íntimo a alma finge que não chora
As flores dos campos perderam o colorido
O pássaro trina baixinho, pois ficou ferido.



A cada manhã ele luta por outro desfecho
A aspiração se corrompeu em algum trecho
Quem sabe reaver as lindas asas outra vez?
Provocaria o voo mais magnífico que já fez

Janete Sales Dany

Poesia Registrada na Biblioteca Nacional 
Licença Creative Commons
O trabalho O voo mais magnífico que já fez de Janete Sales Dany foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.






http://www.youtube.com/watch?v=yopGG23nIzI

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