Haviam
duas vizinhas que viviam em pé de guerra. Não podiam se encontrar na rua que
era briga na certa!
Depois
de um tempo, Dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e resolveu que
faria as pazes com Dona Clotilde.
Ao se encontrarem na rua, muito humildemente,
disse Dona Maria:
-
Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos. Estou propondo a
você que façamos as pazes e vivamos como boas e velhas amigas.
Dona
Clotilde, na hora, estranhou a atitude da velha rival e disse que iria pensar
no caso.
Pelo
caminho foi matutando:
"Essa
Dona Maria não me engana, está querendo aprontar alguma coisa e eu não vou
deixar barato.
Vou mandar-lhe um presente para ver sua reação”.
Chegando
à sua casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo
papel, mas encheu-a de esterco de vaca.
"Eu
adoraria ver a cara da Dona Maria ao receber esse maravilhoso presente. Vamos
ver se ela vai gostar dessa!”, pensou.
Mandou
a empregada levar o presente à casa da rival, com um bilhete:
Aceito
sua proposta de paz e, para selarmos nosso compromisso, envio-lhe esse lindo
presente.
Dona
Maria estranhou o presente, mas não se exaltou.
- O
que ela está propondo com isso? Não estamos fazendo as pazes? Bem, deixa pra
lá.
Algum
tempo depois, Dona Clotilde abre a porta e recebe uma linda cesta de presente
coberta com um belo papel.
- É a
vingança daquela asquerosa da Maria. Que será que ela aprontou?
Qual
não foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas
flores que podiam existir num jardim e um cartão com a seguinte mensagem:
Estas
flores são o que lhe ofereço em prova da minha amizade. Foram cultivadas com o
esterco que você me enviou, o que me proporcionou um excelente adubo para meu
jardim.
Cada
um dá o
que tem em
abundância em sua
vida.
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