Este ano levanto a branca bandeira
pedindo a paz que prego há anos tantos.
Nem sei se vês ou se achas brincadeira
o que grito nas linhas dos meus cantos.
Resta-me ainda a lágrima retida,
escondida, com medo de mostrar
que por detrás desta alma dividida
há muito amor que não sei a quem dar.
Então me valho desta máscara formal
que machuca mas me deixa protegida.
Este ano, neste nosso Carnaval,
quero ser a Colombina na Avenida.
Vou pular o tempo todo pra mostrar
que cansei de portar-me como dama.
Vou sorrir, vou cair e vou chorar
e, talvez, acordar na tua cama.
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