Meu coração tem palmeiras
onde não canta nenhuma sabiá
caminha por trilhas solteiras
como livre ave a plainar
Nenhuma dama fagueira
nenhuma diva a cantar
nenhuma formosa feiticeira
só eu, a terra, a água, o fogo e o ar
Será que sereia
escondeu-se no fundo do mar
evaporou-se na lua cheia
feito loba a uivar
Perdi-me dela
eu sei
talvez eu passe e nem a encontre
talvez
numa tal vez de uma vida qualquer
Quem sabe
Quem sabe um dia
quando estiver descansando
na soleira do meu coração
uma pétala
escorregue pelas paredes macias de minhas resistências
e me faça chover em prazer
quem sabe
Só sei que sinto
que sou
grávido de amor
um sabor a degustar
uma nuance do espírito
uma gota
o mar.
Oi Cigano,
ResponderExcluirQue bom reler postagens suas!
Aos grávidos de amor sempre haverá o dia para o nascimento, a dilatação das paredes da resistência trarão à luz o que já vive dentro esperando somente a permissão para que os encontros se deem. Acredito que atraímos o que de fato nos permitimos.
Belo poema do Rosam Cardoso!
Beijos
E não seria nunca completo, tal poema, sem suas palavras para nos dar o prazer de saborear a plenitude do significado!
ResponderExcluirObrigado por sempre ser você; única; inigualável; Amada Van!