Jaraguá do Sul - Santa Catarina
Nilson Antonio
Segundo Delegacia da Mulher, 14% dos registros são de estupro contra crianças
O crescimento da cidade não serve de argumento para justificar o índice de estupro de vulnerável (contra crianças com menos de 14 anos) que corresponde a 14% dos inquéritos instaurados desde a inauguração da Delegacia da Mulher, em setembro de 2010. Segundo a delegada Milena de Fátima Rosa, dos 219 inquéritos, 31 estão relacionados a este tipo de crime. “O levantamento foi realizado em abril e é provável que este número tenha aumentado”, completa.
Além de Jaraguá do Sul, a delegacia também atende ocorrências de Corupá. “Embora não tenhamos um comparativo com outras cidades, considero alto este índice de abuso contra crianças e adolescentes”, afirma.
De acordo com a delegada, grande parte da violência sexual contra crianças e adolescentes ocorrem no âmbito familiar e com pessoas de confiança. “Temos recebido muitas denúncias de violência sexual contra crianças. Elas têm sido mais corriqueiras do que a violência contra as mulheres adultas”, afirma.
Como forma de prevenção, o município vem trabalhando na capacitação dos profissionais envolvidos com o atendimento aos casos de violência sexual. Ontem, a Secretaria de Assistência Social realizou um evento para capacitar e para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual Infantil, que foi em 18 de maio.
Outro trabalho é realizado pelo Serviço de Enfrentamento à Violência Sexual Infantil que faz o atendimento às famílias dos envolvidos. A coordenadora do serviço Viviane Vogel diz que dentre as propostas estão o acolhimento, o atendimento às famílias e prevenção no agravamento da situação.
Situação é grave: Nem todos casos são denunciados
As informações da Delegacia da Mulher apontam as meninas como maiores vítimas das violências sexuais. Conforme a delegada Milena, os dados indicam que os abusadores são homens mais velhos. Já nas denúncias de violência contra os meninos, os agressores são os colegas. Para o assessor em políticas públicas do Instituto Cedeps, Dorival da Costa, a situação é ainda mais grave.
“A violência sexual cometida pela mulher mais velha contra o menino é justificada pelo reforço da identidade masculina criada”, afirma. Ele aponta que por causa disso, as mulheres não aparecem nas estatísticas. De acordo com Costa, o maior desafio é trabalhar com as vítimas homens. Para ele, socialmente não há problema. “Nós autorizamos, elogiamos e dizemos que nosso filho é pegador”, afirma.
Outra situação que não aparece nos dados estatísticos é a violência nas famílias das classes média e alta. Costa diz que isto se deve ao fato de que as famílias carentes procuram o atendimento público enquanto as demais procuram os serviços particulares. “Mas, a violência atinge famílias de todas as classes sociais”, relata.
A coordenadora do Serviço de Enfrentamento à Violência Sexual Infantil, Viviane Vogel, diz que a família precisa ficar atenta às mudanças de comportamento dos fi lhos. “Caso a criança se torne agressiva ou apática é um indício de que algo não está bem”, orienta. É necessário observar as mudanças de atitude da criança”.
Fonte: O Correio do Povo
Olá meu querido.
ResponderExcluirSei não...
A minha tese é que aumentou o número de denuncias, dando-nos a senssação de que o número de abusos aumentou.
Antes, não havia uma política pública de estímulo às denuncias, e proteção aos denunciantes.
Tudo ficava entre os muros, na garganta dos abusados sexualmente, e de sues familiares, vizinhos, profissionais de saúde, professores, etc...
Neste sentido, acredito que estamos avançando enquanto sociedade.
A nossa meta deve ser, sempre, abuso? Zero!
Adoro o seu blog e a sua visão humana.
Por isto te deixo o meu maior abraço e beijo.
Fui!
Ah, que maravilhoso é chegar e encontrar suas palavras,Anjo... Nem imagina como faz bem.
ResponderExcluirVocê está certa Beth. O número de denúncias aumentou consideravelmente... O que não se esperava era o efeito colateral pois, assim como tantas outras vezes já vimos esta novela, você, eu e outros de nossos tempos que realmente viveram as mudanças, mais uma vez aqui temos o Estado como agente policiador e como grande vergonha de resultados, pois não há punição correspondente ao crime fazendo que, com isso, os velados aparecessem e se arriscassem mais...
Um grande tiro no pé, como sempre...
Adoro você e tudo que traz consigo, minha Linda!
Beijos enormes!
Oi Cigano,
ResponderExcluirsabe o que me encanta? Sua preocupação com a defesa dos que não tem voz, sua doação de si mesmo.
Um dia te achei admirável, hoje te acho imprescindível. Pessoas como você são imprescindíveis, gente que não se omite e se faz de anjo a defender e amparar os que sofrem.
Caso houvesse um número maior de pessoas assim, o mundo seria um lugar melhor com certeza.
Beijos em seu coração de Luz!
Querida Van;
ExcluirUm comentário como esse, de alguém como você, só faz valer a pena cada ato cometido ou cada palavra proferida até este ponto de minha caminhada.
Se houvessem mais pessoas como eu, indubitavelmente o mundo seria mais turbulento porém, se houvessem muitas outras "Vanessas", seria a certeza de um mundo perfeito!!!
Obrigado pelo carinho, Anjo!
Beijos em seu coração!